Presidencia da República
Secretaria de Imprensa e Divulgação
Discurso do Presidente da República
Discurso do
presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, no ato político de
celebração aos 15 anos do Foro de São Paulo
São Paulo-SP, 02 de julho de 2005
Meus queridos
companheiros e companheiras dirigentes do Foro de São Paulo que compõem a mesa,
Meus queridos
companheiros e companheiras que nos estimulam com esta visita ao 12º Encontro
do Foro de São Paulo,
Não preciso ler
a nominativa toda, porque os nomes já foram citados pelo menos três vezes. E se
eu citar mais uma vez, daqui a pouco alguém vai querer se candidatar a vereador
ou a prefeito, aqui, em São
Paulo.
Primeiro, uma
novidade: sabem por que a Nani está sentada lá atrás? Porque há poucos dias o
Brasil ganhou da Argentina e ela não quer ficar aqui perto da mesa.
Meus
companheiros, minhas companheiras,
Como sempre, eu
tenho um discurso por escrito, como manda o bom protocolo da Presidência da
República, mas, como sempre também, eu tenho uma vontade maluca de fazer o meu
improviso.
E eu queria
começar com uma visão que eu tenho do Foro de São Paulo. Eu que, junto com
alguns companheiros e companheiras aqui, fundei esta instância de participação
democrática da esquerda da América Latina, precisei chegar à Presidência da
República para descobrir o quanto foi importante termos criado o Foro de São
Paulo.
E digo isso
porque, nesses 30 meses de governo, em função da existência do Foro de São
Paulo, o companheiro Marco Aurélio tem exercido uma função extraordinária nesse
trabalho de consolidação daquilo que começamos em 1990, quando éramos poucos,
desacreditados e falávamos muito.
Foi assim que
nós, em janeiro de 2003, propusemos ao nosso companheiro, presidente Chávez, a
criação do Grupo de Amigos para encontrar uma solução tranqüila que, graças a
Deus, aconteceu na Venezuela.
E só foi
possível graças a uma ação política de companheiros. Não era uma ação política
de um Estado com outro Estado, ou de um presidente com outro presidente. Quem
está lembrado, o Chávez participou de um dos foros que fizemos em Havana. E graças a essa
relação foi possível construirmos, com muitas divergências políticas, a
consolidação do que aconteceu na Venezuela, com o referendo que consagrou o
Chávez como presidente da Venezuela.
Foi assim que
nós pudemos atuar junto a outros países com os nossos companheiros do movimento
social, dos partidos daqueles países, do movimento sindical, sempre utilizando
a relação construída no Foro de São Paulo para que pudéssemos conversar sem que
parecesse e sem que as pessoas entendessem qualquer interferência política. Foi
assim que surgiu a nossa convicção de que era preciso fazer com que a
integração da América Latina deixasse de ser um discurso feito por todos
aqueles que, em algum momento, se candidataram a alguma coisa, para se tornar
uma política concreta e real de ação dos governantes. Foi assim que nós
assistimos a evolução política no nosso continente.
Certamente não
é tudo que as pessoas desejam, se olharmos o ideal do futuro que queremos
construir, mas foi muito, se nós olharmos o que éramos poucos anos atrás no
nosso continente. Era um continente marcado por golpes militares, era um
continente marcado por ausência de democracia. E hoje nós somos um continente
em que a esquerda deu, definitivamente, um passo extraordinário para apostar
que é plenamente possível, pela via democrática, chegar ao poder e exercer esse
poder. Esse poder que é construído no dia-a-dia, esse poder que é construído a
cada momento com muita dificuldade. Mas, quando exerce o cargo de presidente da
República de um país, ele não será lembrado apenas pela quantidade de obras que
conseguiu realizar ou apenas pela quantidade de políticas sociais que ele fez.
Eu tenho feito
questão de afirmar, em quase todos os pronunciamentos, que a coisa mais
importante que um governante pode fazer é estabelecer um novo padrão de relação
entre o Estado e a sociedade, entre o governo e as entidades da sociedade civil
organizada. E consolidar, de tal forma, que isso possa ser duradouro,
independente de quem seja o governo do país.
E é por isso
que eu, talvez mais do que muitos, valorize o Foro de São Paulo, porque tinha
noção do que éramos antes, tinha noção do que foi a nossa primeira reunião e
tenho noção do avanço que nós tivemos no nosso continente, sobretudo na nossa
querida América do Sul.
Todas as vezes
que um de nós quiser fazer críticas justas, e com todo direito, nós temos que
olhar o que éramos há cinco anos atrás na América Latina, dez anos atrás, para
a gente perceber a evolução que aconteceu em quase todos os países da nossa
América.
E eu quero
dizer para vocês que muito mais feliz eu fico quando tomo a informação, pelo
Marco Aurélio ou pela imprensa, de que um companheiro do Foro de São Paulo foi
eleito presidente da Assembléia, foi eleito prefeito de uma cidade, foi eleito
deputado federal, senador, porque significa a aposta decisiva na consolidação
da democracia no nosso país.
Se não fosse
assim, o que teria acontecido no Equador com a saída do Lucio Gutiérrez? Embora
o Presidente tenha saído, a verdade é que o processo democrático já está mais
consolidado do que há dez anos atrás.
O que seria da
Bolívia com a saída do Carlos Mesa, recentemente, se não houvesse uma
consciência democrática mais forte no nosso continente entre todas as forças
que compõem aquele país?
A vitória de
Tabaré, no Uruguai: quantos anos de espera, quantas derrotas, tanto quanto as
minhas. Ou seja, a paciência de esperar, de construir, de somar, de estabelecer
políticas que pudessem consolidar, definitivamente, não apenas a vitória, mas
tirar o medo de muita gente do povo, que se assustava quando imaginava que a
esquerda pudesse ganhar uma eleição.
O que significa
a passagem da Argentina? Num momento em que ninguém queria ser presidente, o
Duhalde assume e consegue, em dois anos, não só começar a recuperar a economia
da Argentina, como consegue eleger um sucessor com a personalidade do
presidente Kirchner.
Os chilenos,
depois de tantas e tantas amarguras, num período que muita gente não quer nem
se lembrar, estão agora prestes a, pela quarta vez consecutiva, reeleger um
presidente, eu espero que uma presidente, ou seja, uma mulher presidente
daquele país. Isso não é pouco, isso é muito.
E o que nós
precisamos é trabalhar para consolidar, para que a gente não permita que haja
qualquer retrocesso nessas conquistas, que são que nem uma escada: a gente vai
conquistando degrau por degrau. E, às vezes, até paramos um pouco num degrau
para dar um passo um pouco maior, porque se tentarmos dar um passo muito grande
poderemos cair, nos machucar e a caminhada retrocederá.
O Foro de São
Paulo, na verdade, nos ensinou a agir como companheiros, mesmo na diversidade.
A coordenação do Foro de São Paulo, que envolvia parte das pessoas que estão
aqui, não pensava do mesmo jeito, não acreditava nas mesmas profecias, mas
acreditava que o Foro de São Paulo poderia ser um caminho. E foram inúmeras
daquelas reuniões que ninguém quer participar, às vezes, pegar um vôo, andar
quatro, cinco horas de avião e parando três, quatro vezes para chegar num lugar
e encontrar meia dúzia de companheiros para se reunir. E esses companheiros que
tiveram a coragem de assumir essa tarefa, eu acho que hoje podem estar
orgulhosos, porque valeu a pena a gente criar o Foro de São Paulo.
No começo, eu
me lembro que alguns partidos nem queriam participar, porque acharam que nós
éramos um bando de malucos. O que não faltava eram adjetivos. E quanto mais
perto as pessoas iam chegando do poder, mais distantes iam ficando do Foro de
São Paulo.
A minha vinda
aqui, hoje, é para reafirmar uma coisa: a gente não precisa esquecer os nossos
companheiros quando a gente ganha uma eleição para presidente da República. A
gente precisa continuar tendo as nossas referências para que a gente possa
fazer cada vez mais e cada vez melhor. E é isso que eu quero fazer como
exemplo, ao sair de Brasília e vir aqui.
Vocês sabem que
eu não posso brincar o tanto que eu já brinquei, as coisas que fazia nos
outros, porque quando nós começamos o Foro de São Paulo, a gente ficava
implorando para ter um jornalista e não tinha nenhum. E hoje tem muitos e eu já
não posso fazer as brincadeiras, eu não posso fazer o que fazia antes e nem
dizer tudo o que eu dizia antes.
Mas uma coisa
eu quero que vocês saibam: valeu a pena acreditar em nós mesmos e saber que nós
vamos levar muitos anos, muitos... Nós não conseguiremos fazer as transformações
que acreditamos e por que brigamos tantos anos em pouco tempo. É um processo de
consolidação.
Eu estava vendo
as imagens do primeiro encontro e fico triste porque a velhice é implacável. A
velhice parece que só não mexe com a Clara Charf, que é do mesmo jeito desde
que começou o primeiro Foro, mas todos nós, da mesa, envelhecemos muito. Espero
que tenha valido a pena envelhecer, Marco Aurélio. Eu me lembro que eu não
tinha um fio de cabelo branco, um fio de barba branca e hoje estou aqui, todos
estão, de barba branca.
Meus
companheiros,
Eu estou feliz
porque vocês acreditaram. Reuniões que não eram fáceis, difíceis, muitas vezes
as divergências eram maiores que as concordâncias e sempre tinha a turma que
fazia o meio de campo para contemporizar, procurar uma palavra adequada para
que não houvesse nada que pudesse criar embaraço para o Foro de São Paulo.
Eu quero dizer
uma coisa para vocês: não está longe o dia em que o Foro de São Paulo vai poder
se reunir e ter, aqui, um grande número de presidentes da República que
participaram do Foro de São Paulo.
As coisas
caminham para isso. Nós aprendemos que a organização da sociedade é um
instrumento excepcional e nós aprendemos que o processo democrático pode
garantir que a gente concretize esses sonhos nossos.
No Brasil, eu
espero que o PT tenha preparado para vocês os informes que vocês devem levar
para os seus países, e é importante que o Foro de São Paulo consiga que os
outros países apresentem também as coisas que estão acontecendo em cada país,
para que a gente vá consolidando os avanços das políticas sociais que tanto
nosso povo precisa.
Esses dias eu
estava assinando, ou melhor, sancionando o Fundo de Habitação Popular, lá em
Brasília, e não tinha me dado conta de que, quando foi falar o líder do povo,
que luta por habitação no Brasil, ele não agradeceu a lei que vai criar o
Fundo, ele não fez menção. A coisa mais importante para ele não era o fato de
termos criado uma lei que criava um fundo de moradia; a coisa que mais o marcou
no discurso é que era a segunda vez que ele tinha conseguido entrar no Palácio
de governo do Brasil. E aí a minha memória voltou a 1994, o Marco Aurélio
estava comigo, quando eu fui visitar o Mandela. Na porta do Palácio tinha um
monte de pessoas, mulheres e homens, andando felizes. E eu perguntei para o
Mandela: o que essa gente faz aqui, desfilando? Ele falou: “Lula, essa gente
era proibida de passar na frente do palácio, portanto, hoje eles vêm aqui. Só o
fato de eles entrarem no recinto do Palácio, tem muitos que choram, tem muitos
que querem colocar a mão na parede. E se eu estiver perto para tirar
fotografia”, me dizia o Mandela, “então, isso é a realização máxima.”
Além disso a
nossa relação, e é o Dulci que cuida da relação com o movimento social, eu
penso que não existe, na história republicana, ou não sei se não existe na
história da América do Sul, algum momento em que o movimento social esteve tão
próximo das relações mais saudáveis possíveis com o governo do que nós temos
hoje.
Vejam que os
companheiros do Movimento Sem-Terra fizeram uma grande passeata em Brasília. Organizada ,
muito organizada. E todo mundo achava que era um grande protesto contra o
governo. O que aconteceu? A passeata do Movimento Sem-Terra terminou em festa,
porque nós fizemos um acordo entre o governo e o Movimento Sem-Terra, pela
primeira vez na história, assinando um documento conjunto.
Alguns dias
depois, foi a Confederação da Agricultura, milhares de trabalhadores. E quando
chegaram no Palácio, já tinha um acordo firmado com os companheiros, que foram
para as ruas fazer uma festa.
Esse tipo de
comportamento, de mudança que houve no Brasil, demonstra que a democracia veio
para ficar. A democracia veio, no nosso país, para se consolidar. E vocês, que
são visitantes, companheiros que estão preocupados com as notícias que têm
saído no Brasil, tenham consciência de uma coisa: seria impensável que eu fosse
governar este país quatro anos e não tivesse problemas. Seria impensável, ou
seja, nós já conseguimos o máximo, ou seja, nós já conseguimos fazer com que o
FMI fosse embora sem precisar dar nenhum grito.
Eu dizia para o
Palocci: Palocci, o que você vai fazer quando não precisar mais fazer acordo
com o FMI? Porque alguns aqui passaram a vida inteira gritando, ou seja, de
repente você construiu uma situação política em que não precisou fazer
absolutamente nada a não ser dizer: não precisamos mais do acordo com o FMI.
Na política, o
que está acontecendo eu encaro como uma certa turbulência, mas que só existe
efetivamente num processo que vai se consolidando fortemente, da democracia.
Eu quero que
vocês saibam e voltem para os seus países com a certeza de que eu entendo que a
corrupção é uma das desgraças do nosso continente, e muitas vezes quando alguém
falava que nós éramos pobres por conta do imperialismo, eu dizia: pode ser até
meia-verdade, mas a outra verdade é que nesses países da América do Sul e da
América Latina nem sempre nós tivemos dirigentes que fizessem as coisas
corretas para o seu povo e com o dinheiro público.
É por isso que
tenho afirmado, num pronunciamento, que seremos implacáveis com adversários e
com aliados que acharem que podem continuar utilizando o dinheiro público para
ficarem ricos, mas da mesma forma seremos também implacáveis no trabalho de
consolidar o processo democrático brasileiro. Não permitiremos retrocesso.
Alguns, antes de nós, morreram para que nós chegássemos onde nós chegamos, e
nós temos consciência do sacrifício que se fez no Brasil, do sacrifício que se
fez no Chile, do sacrifício que se fez na Argentina, do sacrifício que se fez
no Uruguai, do sacrifício que se fez no Peru, do sacrifício que se fez na
Colômbia, em todos os países, para que o povo pudesse sentir o gosto da coisa
chamada democracia.
E, portanto,
nós, estejam certos disso, o Lula que vocês conheceram há quinze anos atrás
está mais velho, mas também muito mais experiente e muito mais consciente do
papel que temos que jogar na política da América do Sul, da América Latina, da
África e, eu diria, na nova concepção de política no mundo inteiro.
Não foi fácil
criar o G-20, não. Não foi fácil convencer um grupo de países de que era
possível mudar a geografia comercial do mundo se estabelecêssemos entre nós um
grau de confiança e de relação em que pudéssemos, cada um de nós, entender que
temos que nos ajudar muito mais. É por isso que hoje a gente pode olhar para
vocês e dizer: a relação comercial Sul-Sul aumentou em mais de 50%. Nós estamos
comprando mais e vendendo mais de nós mesmos. Nós estamos estabelecendo
parcerias entre nossas empresas. Esses dias, fizemos não sei quantos acordos,
26 acordos, com a Venezuela. Agora foi feito um monte de acordos com a
Colômbia. Estamos fazendo acordo com a Argentina, com o Chile, ou seja, os
nossos empresários têm que se encontrar, estabelecer parceria. Os nossos
sindicalistas têm que se encontrar e estabelecer formas conjuntas. Os partidos
têm que se encontrar, os parlamentares têm que se encontrar, o Foro de São
Paulo tem que exigir cada vez mais a criação de um parlamento do Mercosul para
que a gente possa consolidar definitivamente o Mercosul, não como uma coisa
comercial, mas como uma instância que leve em conta a política, o social, o
comercial e o desenvolvimento.
Esses dias, nós
fomos à Guiné-Bissau. Aliás nós já visitamos mais países da África, acho, do
que todos os governantes da história do Brasil. E fomos à Guiné-Bissau e
fizemos uma reunião. Guiné-Bissau é um país de língua portuguesa, pequeno,
praticamente destruído. E eu dizia ao Presidente e aos parlamentares: para que
guerra, para que uma guerra na Guiné-Bissau? É um país destruído. A única
chance que aquele país tem é a construção da paz, eles têm que construir um
país para depois brigar pelo poder, porque senão estão brigando em torno de
nada. Nem o Palácio Presidencial está de pé. Eu fui ao banheiro do Presidente,
não tinha água. E eu dizia: meu Deus do céu, vocês precisam encontrar um jeito
de transformar a paz na mais importante bandeira de vocês, porque somente a
partir dela é que vocês poderão construir o país.
Esse trabalho é
um trabalho que leva anos e anos. E nós apenas estamos começando. Nós apenas
estamos transitando pelo mundo tentando estabelecer uma nova ordem, em que a
gente consiga as vitórias na Organização Mundial do Comércio, que precisamos. E
foi assim que nós ganhamos a questão do açúcar, foi assim que nós ganhamos a
questão do algodão, foi assim que nós ganhamos a questão do frango congelado.
Parece pouco, mas era muito difícil ganhar uma coisa na Organização Mundial do
Comércio. E por conta do G-20 já ganhamos três e poderemos ganhar muito mais,
adotando o princípio que nós aprendemos desde que começamos a nossa militância
política, de que se todos nós nos juntarmos, nós derrotaremos os outros.
Por isso, eu
tenho viajado muito. Eu viajei, possivelmente, em dois anos, mais do que muitos
presidentes viajaram e vou continuar viajando, porque as soluções para os
problemas do Brasil não estão apenas dentro do Brasil, as soluções para os
problemas de Cuba não estão só dentro de Cuba, não estão dentro da Argentina,
não estão dentro da República Dominicana, não estão dentro do México, ou seja,
é preciso que a gente resolva outros problemas externos para que a gente possa
consolidar as soluções de alguns problemas internos.
Por isso, meus
companheiros, minhas companheiras, saio daqui para Brasília com a consciência
tranqüila de que esse filho nosso, de 15 anos de idade, chamado Foro de São
Paulo, já adquiriu maturidade, já se transformou num adulto sábio. E eu estou
certo de que nós poderemos continuar dando contribuição para outras forças
políticas, em outros continentes, porque logo, logo, vamos ter que trazer os
companheiros de países africanos para participarem do nosso movimento, para que
a gente possa transformar as nossas convicções de relações Sul-Sul numa coisa
muito verdadeira e não apenas numa coisa teórica.
E eu estou
convencido de que o Foro de São Paulo continuará sendo essa ferramenta
extraordinária que conseguiu fazer com que a América do Sul e a América Latina
vivessem um dos melhores períodos de democracia de toda a existência do nosso
continente.
Muito obrigado
a vocês. Que Deus os abençoe e que eu possa continuar merecendo a confiança da
Coordenação, que me convide a participar de outros foros. Até outro dia,
companheiros.
02/07/2005
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